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domingo, 10 de julho de 2011

Psicologia Infantil


Entendendo a Psicologia Infantil.

A Psicologia Infantil é uma área que como o próprio nome indica se debruça sobre a criança e o seu funcionamento. É uma área muito vasta que abrange a faixa etária desde o nascimento (ou até desde a gestação), até à adolescência. Para o técnico perceber bem a criança, é necessário que tenha presente as várias etapas do seu desenvolvimento, desde a gestação até à fase “quase” adulta. Durante este processo a criança vai ultrapassar fases nas quais se vai desenvolvendo e adquirindo competências que vão ser essenciais para se tornar num adulto saudável tanto física como psiquicamente, desenvolvendo assim também a sua personalidade.A criança deve ser vista como um todo, emocionalmente e intelectualmente, estando estas duas componentes intimamente interligadas enquanto se vão desenvolvendo. A forma como uma criança desenvolve os seus afectos vai influenciar a forma como se vai desenvolver cognitivamente e o inverso também acontece. Quando uma criança aparenta ter dificuldades de aprendizagem, o técnico não deve cingir-se à avaliação da área cognitiva sem perceber que outros condicionantes possam existir na sua vida familiar, cultural e emocional, que impeçam a criança de fazer uma aprendizagem adequada. Uma criança que esteja a vivenciar problemas no seu meio familiar, por vezes não se consegue abstrair deles e concentrar-se nas tarefas escolares. O inverso também ocorre, por exemplo, uma criança que sinta dificuldades em aprender, pode começar a sentir baixa auto-estima, que se traduz numa imagem negativa de si própria e isso vir a prejudicar ainda mais esse problema. No entanto, não são só estes dois exemplos que acontecem, a criança que tem problemas familiares que condicionam a sua aprendizagem, e que vão traduzir-se em maus resultados escolares, levam-na também a sentir-se incapaz quanto às suas competências, quer no seu ambiente familiar, quer na escola.Inicialmente é a família e o meio onde a criança está inserida que vai determinar o seu desenvolvimento adequado. Isto pressupõe que na sua vida emocional existam uma figura materna e uma figura paterna e que as relações entre si sejam equilibradas. Para uma boa adequação social é necessário que se dê uma boa integração das regras e limites. Os pais têm que saber dizer NÃO na dose necessária, de forma a que a criança consiga suportar adequadamente a frustração (Strecht, 2005). O pediatra e psicanalista Winnicot, referia que "a mãe deve ser suficientemente boa", quer com isto dizer que os pais devem corresponder às necessidades dos filhos, mas ensinando-lhes que não poderão ter todas as suas necessidades satisfeitas no imediato.É após a entrada para a escola, onde a criança passa a maior parte do tempo, que os problemas vão começar a surgir, com uma sintomatologia especifica em forma de perturbações da aprendizagem e/ou comportamentais e/ou somáticos. É assim necessário que os técnicos de ensino e os pais saibam identificar quais os sintomas e encaminhar a criança para um técnico da área do desenvolvimento infantil. Em resumo, “o desenvolvimento e a maturação da criança são por si fontes de conflitos que, como qualquer conflito, podem suscitar o aparecimento de sintomas” (Marcelli, 2005), por isso, quer em família, quer na escola, é importante estar-se atento de forma a agir o mais rapidamente possível, minimizando assim probabilidade de evolução para um quadro mais patológico.



Glossario:

Cognição
- é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem, a palavra tem origem nos escritos dePlatão e Aristóteles.
A
 psicologia cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. Actualmente é um ramo da psicologia dividido em inúmeras linhas de diferentes pesquisas e algumas vezes discordantes entre si.

Sintomatologia - é o estudo dos sintomas das doenças.
Somático - Relativo ao corpo, ao soma (por opos. ao psíquico): afecção somática. propõe um mecanismo cujo o processo emocional.
Fonte:  http://virou.gr/jpNorA

A relação Professor/Aluno na aprendizagem

As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das conseqüências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
No entanto este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar este estudo em relação comportamento do professor com resultados do aluno; devendo introduzir os processos construtivos como mediadores para superar as limitações do paradigma processo-produto.
Segundo GADOTTI, o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.
Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno.  Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura. ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE, “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro, SIQUEIRA, afirma que os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim, situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota deste, para que ele não fique de recuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte das atitudes de um “formador de opiniões”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.


Bibliografia – Fonte http://virou.gr/lDlTUQ
Bibliografia
ABREU, Maria C. & MASETTO, M. T. O professor universitário em aula. São Paulo: MG Editores Associados, 1990.
GADOTTI, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.


Daiana Perlato



Um comentário:

  1. Oi Sil, me senti SUPER honrada por vc ter usado as apostilas que eu montei para a apresentacao da Wizard. O blog eh otimo, adorei!!!! Parabens!
    Bjaooo Dai

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